15 novembro, 2005

Localização geográfica

Pertencendo ao concelho e distrito de Vila Real, a aldeia de São Cibrão é, de entre todas as localidades que compõem a freguesia de Andrães, a que detém uma posição estratégica de destaque, envolvida geograficamente num eixo viário importante e privilegiado.
Partindo da cidade de Vila Real, aconselha-se a tomar a Estrada Nacional 322 junto ao Palácio de Mateus e a percorrer cerca de nove quilómetros, seguindo na direção de Sabrosa. São Cibrão fica emparedada entre os concelhos de Vila Real e de Sabrosa, traçando os limites destes dois municípios.
No livro "Contos da Montanha", o escritor Miguel Torga refere-se a São Cibrão como fazendo parte de um importante itinerário de passagem em direção a Vila Real. Segundo ele, é nesta aldeia que fica situado “…o caminho velho por onde desde que o mundo é mundo se regressa da Vila…”.
Nesta povoação nascem duas estradas camarárias: uma liga esta localidade à sede da freguesia – Andrães, e outra que parte em direção à cidade do Peso da Régua, passando por importantes lugares como o Santuário de Nossa Senhora da Guia e o São Leonardo que, para além de locais de culto, são de uma apreciada vista panorâmica. Estas duas “artérias” são dois importantes pólos de ligação e de intercâmbio entre as diversas localidades que unem.
São Cibrão é ladeado de nascente pelo rio Tanha e de poente pelo rio do Tarejo que se juntam no extremo sul da localidade, formando em conjunto, um afluente da margem esquerda do rio Corgo, no lugar de Tanha, concelho de Santa Marta de Penaguião.
Geograficamente, a aldeia encontra-se na periferia do “Alto Douro Vinhateiro”, paisagem de extraordinária beleza natural, considerada em 2001 pela UNESCO, Património Mundial.
Também por perto, a cerca de quatro quilómetros, se encontra o Santuário de Panóias, importante e misterioso recinto que terá sido construído muito provavelmente no século II e inícios do III, sob a influência da ocupação romana da Península Ibérica.

14 novembro, 2005

Breve historial

Para que fosse possível aqui traçar um pormenorizado historial da aldeia, tornar-se-ia necessário proceder a uma pesquisa bibliográfica e documental sistemáticas de forma a conseguir uma maior e mais acertada veracidade dos factos e acontecimentos aqui descritos. Todavia, na ausência desses mesmos dados, tão válidos e importantes em qualquer análise historiográfica, são apenas relevados alguns aspetos e elementos que foi possível reunir.
A localidade de São Cibrão pertenceu em tempos à Casa dos Marqueses de Valença. Foi por volta do ano de 1200 que o rei D. Sancho I a terá mandado povoar, materializando em atos o cognome que detinha - “o Povoador”.
Esta aldeia que possuía pouco mais de vinte moradores em 1530, atualmente tem cerca de quatrocentos habitantes. De acordo com os “Censos” efetuados no ano de 1991, agregava cerca de duzentos edifícios destinados à habitação, dos quais, cerca de 80% se encontram permanentemente habitados, sendo os restantes ocupados sazonalmente. Face à antiguidade de diversas habitações, muitas delas, apresentam hoje alguma degradação, com evidentes e deficitárias condições de habitabilidade.

13 novembro, 2005

Setores de atividade locais

Atividades Primárias
As atividades relacionadas com o sector primário são as que ocupam maioritariamente a população ativa. A agricultura é a grande fonte de rendimentos e de subsistência para a maior parte dos seus residentes.
Para estas populações, os extensos pinhais que ladeiam a povoação são uma extraordinária e rentável fonte de receitas. Contudo, encontram-se sob uma grande exposição e vulnerabilidade aos incêndios que proliferam de forma mais frequente, sobretudo em anos e épocas mais quentes.
No perímetro desta localidade, as culturas mais abundantes são o vinho, a batata e cereais como o milho e o centeio. Produz-se ainda a castanha, o feijão e uma generalidade de produtos hortícolas.
Outrora, abundava também o azeite, muito apaladado, embora nas últimas décadas, por razões de vária ordem, sobretudo as relacionadas com as alterações climáticas que se vêm sentindo, propicia a propagação de algumas doenças (pragas), impedindo assim a produção deste alimento antigo, um clássico na culinária portuguesa.
Na generalidade, a maior parte dos habitantes têm árvores de fruto com alguma variedade, nomeadamente, macieiras, pereiras, cerejeiras e outras.
Há também alguns agricultores que se dedicam à criação de gado, especialmente ovino e bovino. No entanto, face às epidemias que têm afetado esta atividade, têm sofrido uma grande recessão, levando à procura de outras atividades produtivas.
Devido à sua grande abundância e diversidade, a caça foi uma atividade que ocupou muito as pessoas da aldeia. Há algumas décadas, com os campos maioritariamente cultivados, a oferta de alimentação para estes animais era diversificada, proporcionando uma grande reprodução. Caçavam-se perdizes, coelhos e lebres. Nos dias de hoje, com uma grande parte dos terrenos agrícolas abandonados e com um numeroso conjunto de caçadores, a reprodução acaba por ser insuficiente face a tão elevada procura, levando muitos “habitats” a ficarem reduzidos e sem caça.
Por outro lado, o caudal do rio Tanha servia para movimentar os arcaicos moinhos de água, com as suas pesadas mós. Num curto espaço geográfico, havia cinco moinhos hidráulicos cuja produção se destinava não só aos residentes, mas também às povoações limítrofes. A farinha resultava, sobretudo, da moagem do milho e do centeio. O trigo e a cevada eram escassos.
Esta “indústria” da moagem foi decaindo com o passar dos tempos, dando lugar esta “manufatura” dos moinhos hidráulicos à “maquinofatura” dos moinhos elétricos. Esta alteração provocou o abandono desta atividade, trazendo o desespero a algumas pessoas que dedicaram grande parte da sua vida a esta ocupação. Esta chegou a ser, para algumas famílias, o seu ganha pão e a sua grande fonte de rendimentos.
O leito do rio foi engenhosamente “travado” pela mão do Homem através da construção de açudes. O grande objetivo desta habilidosa construção consistia na retenção das águas, dirigindo-as para a irrigação das várias culturas, sobretudo nos meses mais quentes. Esta técnica servia ainda para a criação e reprodução de uma grande quantidade de peixe do rio. Todavia, com a falta de vigilância e de legislação adequada, a vandalização deste importante recurso tomou conta da atividade piscatória, levando, praticamente, ao seu desaparecimento.

Atividades Secundárias
Longe das grandes redes viárias e arredada dos importantes centros de decisão e de interesse, a aldeia de São Cibrão pouco sentiu o processo de industrialização que outros locais viveram. A não existência de um grande canal fluvial ou a ausência de uma importante rede de caminhos-de-ferro levou a que as indústrias, sobretudo a têxtil e a de lanifícios, não se fixassem e se deslocassem para outras paragens, sobretudo em direção ao litoral do país.
Por outro lado, embora a cidade de Vila Real, sede do concelho, tenha sido um dos locais pioneiros no país a beneficiar da eletrificação, concretamente na última década do século XIX, em São Cibrão, por paradoxal que pareça, apenas se acenderam as primeiras lâmpadas em finais dos anos setenta do século XX, já em pleno regime democrático.
Estes factores que atrás referi constituíram-se, a meu ver, como uma parte estruturante do entrave ao desenvolvimento de um projeto de industrialização eficaz e sustentado nesta região do país.
Face ao traçado do terreno, inicialmente são as indústrias extrativas que acabam por ter alguma relevância na vida destas pessoas. Com um solo rico, capaz de gerar grandes superfícies cobertas de pinheiros, as populações valem-se da existência deste valioso recurso natural para dele obterem a lenha, usada para cozinhar os alimentos e para o aquecimento das casas, bem como a  madeira destinada à produção de alfaias agrícolas, ao soalhar e ao forrar das casas e também na construção civil.
Com uma melhoria nas condições de vida das pessoas e com a necessidade de satisfazer as exigências do quotidiano, como o conforto e o bem-estar, sente-se um incremento na indústria da construção civil. Diversas pessoas deixam o trabalho dos campos, cujo resultado lucrativo nem sempre era o esperado, face às condições climatéricas desfavoráveis, dedicando-se agora à construção de novas casas, com formas arquitectónicas bem distintas.

Atividades Terciárias
São Cibrão, tal como sucedeu em outros locais do país, acaba por beneficiar de um conjunto de medidas que, com o evoluir dos tempos, foram ao encontro das suas necessidades. Com as reformas educativas iniciadas ainda na década de sessenta do século XX, a admissão à Escola Pública abre-se à totalidade dos jovens, conseguindo-se, desta forma, índices de alfabetização mais elevados e, consequentemente, adquire-se uma formação intelectual mais dinâmica e generalizada, dando assim resposta às necessidades do mercado de trabalho.
É, desta forma, que a partir da década de oitenta, o setor primário perde definitivamente a importância que até aí detinha, passando agora algumas pessoas a desempenhar tarefas pertencentes ao setor terciário, particularmente em serviços como o turismo, em instituições e organismos públicos como jardins-de-infância, escolas, bancos, telecomunicações, saúde, entre outros.
A exigência do mercado de trabalho e a procura de novas formas de vida, leva muitas pessoas a tentarem obter formação e novos conhecimentos noutras paragens, sobretudo nas grandes cidades do litoral do país, acabando por ficar, em muitos casos, aí radicados. Este movimento acaba por provocar uma “litoralização” da população que, consequentemente, leva a uma diminuição da população residente.
Por tudo isto e à semelhança do que se passou um pouco por todo o país, a população desta aldeia deixa de ser maioritariamente agrícola, passando a ser, em grande parte, também uma população de serviços, contrariando o padrão tradicional de transição demográfica que se havia sentido no resto da Europa desenvolvida e industrializada, onde se verificou a passagem gradual da população entre os três setores de atividade.

12 novembro, 2005

Aspetos sociais

A emigração
A melhoria nas condições de vida, para além das circunstâncias e fatores naturais que se fizeram sentir, deveu-se também ao forte surto de emigração verificado em finais dos anos 50 e 60 do século XX. No início deste século o fluxo migratório teve como destino o Brasil. Mais tarde, após a II Guerra Mundial, a emigração dirigiu-se para a África, sobretudo para as antigas colónias portuguesas, na busca de uma vida melhor. A partir da década de 50 e 60, o surto migratório toma novo rumo: agora, o destino é o centro da Europa, concretamente a França, Alemanha e Suíça.
Estes movimentos migratórios proporcionam, a uma grande franja da população portuguesa, o contacto com outras culturas, com outras pessoas, com outras línguas e com usos e costumes muito diferentes dos seus.
Contrariamente ao que sucedia com a emigração destinada à América do Sul e a África, em que dificilmente essas pessoas voltavam às suas origens, a emigração direcionada para o centro da Europa regressava assiduamente em férias, trazendo consigo muito do dinheiro ganho, destinado a “colorir” a paisagem rural com habitações alicerçadas numa traça arquitetónica marcadamente originária dos países para onde haviam emigrado. Os “chalais”, os “chateaux” são disso verdadeiros testemunhos vivos.
A diáspora de São Cibrão acaba por ser também influenciada por esses novos usos e costumes e acaba por trazer para a aldeia muitas dessas vivências culturais e sociais diferentes. Estas alterações e esta transmissão de novas práticas acabam por ser sentidas no quotidiano, no entretenimento, na gastronomia, na traça arquitetónica usada na construção das casas e na sua decoração.
Verifica-se assim uma verdadeira “aculturação” dos autóctones a esta nova realidade. Embora esta “aculturação”, à primeira vista não seja assim tão evidente, ela marca presença assídua no dia a dia.

11 novembro, 2005

A lenda

Consta que em tempos, no limite poente da aldeia, mais concretamente no lugar designado de "Ponte da Pedrinha", aí se escondiam grandes quadrilhas de ladrões, à espera dos incautos viajantes, com o objetivo de os assaltar. Quem tivesse a ousadia de desobedecer aos assaltantes, estes descarregavam toda a fúria sobre os caminheiros, provocando mesmo a sua morte.
Esta lenda foi de tal forma retida que acabou por ser posteriormente transmitida de geração em geração até aos nossos dias. Ainda hoje, há “velhotes” que ao passarem naquele local, descobrem a cabeça e tiram o chapéu, em sinal de honra e de respeito por quem ali terá perdido a vida, ingloriamente.

Hino de S. Cibrão

Hino de São Cibrão

São Cibrão é minha aldeia,
o cantinho onde eu nasci.
É a terra mais bonita,
de quantas terras que eu vi!

Uma gente sempre em festa,
e alegrias de criança.
São Cibrão é a minha aldeia,
não me foge da lembrança!

REFRÃO
Ó São Cibrão, ai, ai, ai,
canteiro em flor, sempre em flor.
Pelo berço que nos destes,
bendito sejais Senhor! (bis)

E a mocidade risonha,
aos domingos passeando.
Faz lembrar as andorinhas,
que eu vejo passar em bando!

São Cibrão é a minha aldeia,
onde há amor e união.
Quem vier a conhecê-la,
guarda-a bem no coração!

REFRÃO
Ó São Cibrão, ai, ai, ai,
canteiro em flor, sempre em flor.
Pelo berço que nos destes,
bendito sejais Senhor! (bis)

Na Capela, ao céu erguida,
tem a vida de quem reza.
Tem na fé da sua gente,
a sua maior riqueza!

Sempre alegres e bairristas,
cada qual uma canção.
É assim a minha aldeia,
é assim meu São Cibrão!

REFRÃO
Ó São Cibrão, ai, ai, ai,
canteiro em flor, sempre em flor.
Pelo berço que nos destes,
bendito sejais Senhor! (bis)

10 novembro, 2005

Vista geral da aldeia

Vista da "Capela Nova"


Vista das "Moitas"

Vista das ruas estreitas (Calhelha)


São vários os pontos onde se podem obter diferentes perspetivas sobre a aldeia. As “Moitas”, nome pelo qual um destes lugares é conhecido, oferece um plano geral muito privilegiado. O aglomerado de casas que envolve e as ruas de reduzida largura, são talvez os indicadores mais marcantes do medievalismo desta povoação. Deste lugar consegue-se observar praticamente toda a aldeia e alguns dos campos de cultivo que a envolvem. Torna-se notória a diversidade de vegetação que se espalha no horizonte.
Através de uma observação feita na “Capela Nova”, conseguimos um olhar mais pormenorizado e onde são mais visíveis as diferentes traças arquitetónicas usadas na construção das casas.

09 novembro, 2005

Escola Primária



É um edifício com uma linha arquitetónica tipicamente do “Estado Novo”. Este imóvel de interesse público foi edificado no início da década de sessenta do séc. XX, respondendo às reformas introduzidas pelo regime político de Oliveira Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, com o objectivo de combater os elevados índices de analfabetismo que se faziam sentir nessa época. O edifício é composto por duas salas. Inicialmente, uma era para o sexo masculino, outra para o sexo feminino. Já na década de setenta, com o decréscimo progressivo da taxa de natalidade, a escola passou a ser mista, em virtude da consequente falta de alunos.

08 novembro, 2005

Espaços de lazer






O parque de diversão infantil e os dois campos de futebol (de cinco e de onze) que a aldeia dispõe são os espaços coletivos de lazer mais emblemáticos. Graças à constituição do Grupo Desportivo de São Cibrão, em 1982, foi possível dar os primeiros passos para o seu arranque.
Posteriormente, o Grupo Desportivo sofre novos estímulos que, com a ajuda de alguns populares e de amigos, conseguem os meios essenciais para a prática desportiva e de lazer.

07 novembro, 2005

"Casa do Vale"



A “Casa do Vale” é, dos exemplares antigos, o edifício mais imponente desta localidade. Esta casa era parte integrante de uma grande quinta anexa. Em relação à sua construção não há certezas mas, face a relatos obtidos por idosos, pensa-se que terá sido construída no início do século XIX.
Tal como muitas outras habitações, este é o exemplar que ainda consegue apresentar um razoável estado de conservação.

06 novembro, 2005

Igreja local



A “Capela Nova”, como é conhecida, é um monumento de finais da década de sessenta do século XX e inaugurada em 1970. Foi construída com o “suor do povo” e é o local onde os habitantes da aldeia podem assistir à celebração da Eucaristia Dominical, de missas semanais, bem como a outras cerimónias de índole cultural e social como: baptizados, casamentos, funerais e ainda os festejos em honra de Santa Bárbara e São Cipriano, padroeiros da aldeia. O feriado local é no dia 4 de Dezembro.

05 novembro, 2005

Capela Antiga




Conhecida na povoação por “Capela Velha”, não se sabe ao certo a data da sua construção. Apesar da proibição de enterrar os mortos no interior das igrejas, decretada em meados do século XIX pelo então ministro Costa Cabral, sabe-se que esta prática se prolongou nesta pequena capela ao longo do século XIX e início do século XX, altura em que foi construído o cemitério local. Esta capela sofreu uma profunda remodelação, concluída na passagem do milénio.
Hoje, este espaço está dotado de um conjunto de infraestruturas, dando resposta às necessidades do dia-a-dia. É usado como Centro Paroquial, como espaço de reuniões e como lugar de ensaios do Grupo Coral. Quando algum habitante da aldeia morre, também funciona como casa mortuária, aproveitando-se a oferta que este amplo espaço proporciona.
Torna-se assim, num espaço multifuncional e de grande utilidade para a comunidade.

04 novembro, 2005

Imaculado Coração de Maria



Este monumento foi construído no início da década de noventa do século XX.
Graças a uma grande vontade, esforço e dedicação dos habitantes da aldeia, foi possível levar por diante este empreendimento.
Situado na entrada noroeste da povoação, este local de culto é um verdadeiro “ex libris” da aldeia. No dia 20 de Junho, celebra-se o aniversário da sua inauguração.

03 novembro, 2005

"Cruzeiros" da aldeia






Estes exemplares são uma verdadeira expressão da religiosidade das pessoas que aqui habitam. Estes cruzeiros expressam a homenagem que a população faz aos seus mortos. Através da iluminação permanente que estes marcos produzem, tenta-se simbolicamente, iluminar o caminho das almas em direção à eternidade. É notória a participação coletiva dos seus habitantes, visível na dádiva de esmolas e na doação de azeite, bem essencial para uma iluminação constante.

02 novembro, 2005

Moínhos antigos



Estas pequenas explorações familiares “deram pão a muita gente”, quer aos seus proprietários, através dos lucros que daí resultavam, quer às pessoas que aí conseguiam obter a farinha, tão importante na “dieta alimentar” desses tempos.

01 novembro, 2005

Os Açudes


Era através destas construções que se invertia o sentido natural da água. Com esta eficiente “engenharia humana” conseguia-se irrigar e tornar produtivo um maior número de campos, coisa que até aqui era naturalmente impossível.